terça-feira, 14 de junho de 2011

DESENCONTROS



Nesses desencontros
Onde somente as lágrimas...
Lágrima por testemunha
Que confessam o amor
Que confessam a dor
O coração a sangrar
As lágrimas a rolarem
A dor o desencontro
No fundo a última gota
Intacta repousa
Última gota...
Não de lágrima
Mas de pura Esperança
Esperança que fere
Tece com tuas garras
Causa profunda dor
Esperança que anseia
Romper-se...
Profunda alegria
E lágrimas de felicidade

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ENTREGA



A noite fria esvai-se
E o orvalho dormente
Começa a trilhar sua sina
Acaricia docemente a face de sua amada
Deixa-lhe impresso mesmo que momentaneamente
Sua doce trilha de amor
E como prova derradeira de seu amor
Paira sobre o frio abismo
No salto mortal, a fé consumada
Uma única gota, vida primordial
A vida entregue nas mãos da mãe terra
E em seu sacrifício imaculado
Rende honras a tua amada

quarta-feira, 8 de junho de 2011

VALE DAS SOMBRAS


No frio vale das sombras
Onde os sonhos repousam
Lá meu eu habitava
Teu olhar trouxe-me luz
O vale estremeceu
Meus olhos abriram-se
O calor intenso fez-me renascer
Antes envolto em espessa lama
Renascido em fogo
Caminho para a luz
Meu guia... teus olhos
Meu destino teu sorriso
O calor aquece a alma
E com Júbilo hoje flutuo
Como névoa etérea
Envolvo-me revestido de teu calor
O sonho terminou
Teu doce olhar apascentou-me
E não mais conheço as sombras
Seguirei o novo caminho
No vale não mais repousarei