sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ZÉFIRO



Ri na primeira vez que vi teu sorriso

Alvejaste meu coração menino

Fúria era o que me consumia

Ainda restava dor em meu semblante

Enlouquecido eu morria

Lentamente meu coração definhava

Falava de trevas e morte

Era um moribundo em trevas

Rafael o arcanjo surgiu

Nenhuma palavra foi dita

As sombras e a dor esvaíram-se

Nada restou do passado

Docemente as mãos foram estendidas

O oráculo foi descoberto

Deu-me vida

E eu a aceitei de teus olhos

Asas foram me dadas

Lentamente aprendi a voar com meu arcanjo

Muitas vezes procurei entender

E nada me foi esclarecido

Intimamente sabíamos o que era

Delicadamente o dom renascia

Amor o mais belo dom

Finalmente o coração ardia

Esperança e sofreguidão

Rompeu a aurora

Renascidos nos tocamos

Alcançamos o verdadeiro dom

Zéfiro nos abençoou e partimos...