quarta-feira, 8 de abril de 2009

DESTINO


Água por todos os lados.
Livre? A borboleta bate na vidraça.
Incessante é a chuva na janela, água...
Cai o véu e rasga-se o destino, a chuva; 
E a borboleta ainda bate na vidraça.
Meio sem rumo a chuva corre como a vida,
Água que toca a face transparente; borboleta,
Ruidosa a bater suas asas, livre em sua prisão.
Incapaz de ver o óbvio, laços do destino tecido,
Atordoante é o farfalhar de suas asas,
Perante o som, meu corpo dormente adormece.
Esguio é o caminho das águas na transparência,
Redoma, prisão sem portas ou janelas
Emborcada a folha sacia sua sede
Incapaz de ver a borboleta farfalhar.
Ruidosa, a transparência tece o destino.
Ainda vejo a chuva, a borboleta...

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