quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CINGIDO



O céu imaculado

O ventre corrompido

A névoa que de tuas asas

Santifica meu ser

Um coração inflamado

Que de gozo traz a alma do jazido

O toque etéreo de teus lábios

E a convulsiva vida

Em meu peito inebrio

Um fulgor traz-me como chama

Que de teus olhos a vida clama

Em teus braços o amor renasce

E em teus lábios eterniza-se

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

REVELAÇÃO




Crave tuas garras em meu peito

Mostre-se como és realmente

Não a Besta que habitas em ti

Mas o ser humano que habitas por trás da Besta

Assuma tua forma real

Sangre-me até a última gota

Revele-se, não mintas

A verdade nos libertará

Consumido pelo gozo alvejado

Arrastar-me-ei pelos frios e opacos pisos da sala

E tu serás a Besta humana contida e escondida

Revelado como natureza, essência

E não mais mentirás ou enganarás

A verdade contida e cada rubro sulco de meu peito

Gritarás mais que a própria Banshee

E eu serei liberto desse amor

terça-feira, 11 de outubro de 2011

AGONIA




Oh, Górgona...

Que de tuas garras frias

O brilho da agonia

Meu peito desnudo vem abater

Destrincha com voracidade

Abrindo o ventre a carne fria

Com desejos que não sacia

Tua marca eternizada

Minha carne garra fria

Que meu hoje toca

Fiando as vísceras feito roca

Cauteriza a alma com brasa fria

Tecendo no reflexo a tênue luz fria

O doce toque da amada agonia