terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DUALIDADE



O sol fere minha carne
A estrada é longa
Caminho desconhecido, preto e branco
Não há cores, mas há luz
Sozinho vago pelo mundo
Minha sombra única companheira
Ás vezes a leste outras a oeste
Como bailarina circunda-me
Reflexo de minha alma
Estampada em cinza e pó
Toque sem tato
A luz esvai-se
E na escuridão sou imortal
O reflexo antes uno
Com forças torna-se uníssono
Reverbero em tua alma
Sou tudo, toco tudo
Na escuridão não há individualidade
Completo sou todo, tudo
Apavorados não reagem e sou Deus
Meu reflexo toca outros reflexos
Inconscientes são devorados por meus desejos
Antes só, agora o todo
Divindade manifestada
A imagem de Deus consumada.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DE DEUS



Dois seres, um desejo
União de metades em um todo
Quanto disposto estás...?
Revenciarás a mim e eu a ti?
Para que hajas amor
Haverás de ter reverencias
Deuses de igual poder, não amam
Terás de ser hora Deus, hora semi Deus
Um jogo marcado...
Conversor e convertido
Duas faces, um mesmo objetivo
Quando fores Deus serei teu adorador
Quando fores adorador serei teu Deus
E nesse balé seremos Deuses e adoradores
O amor prevalecerá
Não haverá guerras
A paz reinará e os anos convergiram em séculos