
A estrada é longa
Caminho desconhecido, preto e branco
Não há cores, mas há luz
Sozinho vago pelo mundo
Minha sombra única companheira
Ás vezes a leste outras a oeste
Como bailarina circunda-me
Reflexo de minha alma
Estampada em cinza e pó
Toque sem tato
A luz esvai-se
E na escuridão sou imortal
O reflexo antes uno
Com forças torna-se uníssono
Reverbero em tua alma
Sou tudo, toco tudo
Na escuridão não há individualidade
Completo sou todo, tudo
Apavorados não reagem e sou Deus
Meu reflexo toca outros reflexos
Inconscientes são devorados por meus desejos
Antes só, agora o todo
Divindade manifestada
A imagem de Deus consumada.

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