sábado, 26 de dezembro de 2015

"Não" Ser


Algumas pessoas são o que são,
Outras são o que vos resta.
Ser é voracidade, tesão.
É comer a própria casca
Para germinação da fênix.
Algumas pessoas são.
E ponto. 
Nada de retórica ou prosopopeia
Outras não são, felizes, amadas, dispostas...
Rastejam, e em seu rastejar, ainda que não, são...
São o esquecimento, a falência múltipla da alma.
E não sendo, são o retrato fiel do que dói
Dói no fundo daqueles que são, na alma, sabe!?
É o ponto central daqueles que são.
Em contra ponto, o ser é o ponto daqueles que não são.
É a chama a SER alimentada em meio a dor e angústia
Na lama da não existência o ciclo de não ser o que se é.
É não ser, derrocada...
É sendo, que deixa-se esquecer o que se foi.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

MISANTROPIA




O sonho ainda existe.
Latente, na alma reside.
Não espera, nem almeja,
Simplesmente dorme.
Já não és, 
Nem, nunca será.
Lampejos flamejantes em torrentes de línguas,
As salamandras dormem.
O ciclone foi-se em asas sombrias
Fogos antigos não atiçam fogueiras novas
Não causam incêndios,
No muito causam calor,
Solidifica-se e mortifica.
Ocupam espaços e jazem cinzas
Em tempos futuros
de chamas antigas...
As línguas flamejantes ainda circundam,
A fria pedra do desafortunado moribundo.