quinta-feira, 12 de novembro de 2015
MISANTROPIA
O sonho ainda existe.
Latente, na alma reside.
Não espera, nem almeja,
Simplesmente dorme.
Já não és,
Nem, nunca será.
Lampejos flamejantes em torrentes de línguas,
As salamandras dormem.
O ciclone foi-se em asas sombrias
Fogos antigos não atiçam fogueiras novas
Não causam incêndios,
No muito causam calor,
Solidifica-se e mortifica.
Ocupam espaços e jazem cinzas
Em tempos futuros
de chamas antigas...
As línguas flamejantes ainda circundam,
A fria pedra do desafortunado moribundo.
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