sexta-feira, 28 de maio de 2010

DOCE BEIJO




Oh, Esteno
Que de meus sonhos
Revela-me a face oculta do ser
No vale dos ossos andei
A face da morte afaguei
Sina cruel a minha
Condenado ao beijo da Dama
E escravo de suas citações
Um mortal, vagando entre os mundos
Mensageiro derradeiro de seu beijo
Oh, Esteno
Em meus sonhos faz-se presente
Dama de doce face
Ceifeira de sonhos
Amiga e algoz
Condenado a ser mensageiro
Mensageiro de teus beijos
Esperando de ti meu próprio beijo
Em minha face tocar
Oh, Esteno..

Um comentário:

  1. Muito bom! A repetição dos sons nasalizados dão ao poema um ar melancolico, entretanto esse ar é neutralizado pela consoante "S", cuja finalidade ou função que exerce sobre o poema é de "suavidade", "leveza"... A essa repetição damos o nome de Aliteração. Há uma outra repetição que tem pode ser classificado, pois serve para intencificar a idéia ou o sentimentalismo do eu-lírico o Apóstrofe: "Oh, Esteno"... E assim se segue... Parabéns ;)

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