
O sol raiando
O frio cortando os ossos
Púrpura e lilás cortam o céu
Sonho errante, homem andante
A brisa fria corta-lhe a face
O sol nascente não sacia
A sede dos ossos seus
Errante o homem caminha aturdido
No frio que corta-lhe
Como o beijo da Dama Eterna
Púrpura e lilás o céu já não o é
Enegrecido pelo frio e pelo tempo
Aturdido pela fria lança
Repousa o errante
Nos braços da bela Dama
O frio lhe consome
O sol renasce novamente
E o céu em púrpura e lilás

Gostei! A sinestesia é bem forte aí. O Poema trabalha bem a questão dos sentidos, das sensações corporais. O sol que aquece, o vento que esfria, a cor púrpura e lilás do céu... Além da metáfora de que o frio é uma lança que corta, como o beijo da Dama Eterna - comparação, espécie de metáfora reduzida. Muito bom. Congratulations!
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